Uma consciência de ser o fruto da sociedade, condicionada
pelo meio.
Eu gosto de História porque todos os dias me faz chorar.
Eu me lembro bem de como as pessoas falavam do Real e de
como eu ficava feliz quando trocava a nota de 1 real por um doce qualquer, mas
que sempre tinha um nome que eu não sabia pronunciar. Ou de quando os telefones
públicos passaram de vermelhos a azul. E de quando os vizinhos começaram
todos a vir ligar da nossa casa.
Era tudo muito novo, e eu pensava que tudo sempre fora
assim...
Tudo me foi dado. Ninguém me atentou para as mudanças.
Ah se soubesses como a minha vida está tão diretamente
ligada à tua!
"Durante os anos Collor e os primeiros anos da era FHC, o número de desempregados no Brasil triplicou, passando de 1,6 milhão para 6 milhões, entre 1989 e 1998."
Nessa época meu pai tinha 2 empregos. E 2 empresas nas quais meus pais trabalhavam, faliram.
Minha mãe vendeu meu carrinho de bebê, que eu usava pra brincar de boneca, pra comprar leite pra mim. Fiquei sem falar com ela por um dia inteiro. Além de ter chorado muito, claro.
Lembro que quando tinha apagão, todo mundo saía na rua, pra conversar, com vela, com farolete. Foi quando eu comecei a prestar mais atenção nas estrelas e sonhava em ser astronauta, astrônoma, astróloga.
Também teve um dia em que cheguei em casa depois da escola e na globo só passava o ataque às torres gêmeas e nada de Dragon Ball Z.
Bem, depois eu cresci... e não lembro muito mais nada além de ficar enfiada na escola e seguindo biblicamente meus livros didáticos. Por falar em bíblia, procurei o respaldo das igrejas. Ele acabou quando entrei na faculdade. Mas tem um parêntese enorme no meio disso aí, que foi meu Ensino Médio. Não cabe aqui. É outra História.
Lembro que quando tinha apagão, todo mundo saía na rua, pra conversar, com vela, com farolete. Foi quando eu comecei a prestar mais atenção nas estrelas e sonhava em ser astronauta, astrônoma, astróloga.
Também teve um dia em que cheguei em casa depois da escola e na globo só passava o ataque às torres gêmeas e nada de Dragon Ball Z.
Bem, depois eu cresci... e não lembro muito mais nada além de ficar enfiada na escola e seguindo biblicamente meus livros didáticos. Por falar em bíblia, procurei o respaldo das igrejas. Ele acabou quando entrei na faculdade. Mas tem um parêntese enorme no meio disso aí, que foi meu Ensino Médio. Não cabe aqui. É outra História.
“Telesp informa: esse número de telefone não existe...”